O Conselho Deliberativo da Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (CONAMP) se reuniu ontem (20) e hoje (21), em Brasília. Além dos membros da diretoria da entidade e os presidentes das associações afiliadas, participaram também o presidente da Associação Nacional do Ministério Público Millitar (ANMPM), Ailton José da Silva, o presidente em exercício da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), José Robalinho Cavalcanti, e o diretor executivo do Movimento do Ministério Público Democrático (MPD), Roberto Livianu.
Durante a reunião, Roberto Livianu, apresentou a campanha lançada na última sexta-feira (17) #naoapec37. A campanha foi elaborada pelo MPD em parceria com a Associação Brasileira de Imprensa (ABI), a Federação Nacional de Policiais Federais e do Ministério Público Brasileiro (Fenapef), e a Associação dos Magistrados do Brasil (AMB). Os membros do Conselho Deliberativo debateram e analisaram a campanha Brasil Contra a Impunidade. A campanha é promovida pela CONAMP em parceria com a Associação do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (AMPDFT), a Associação Nacional do Ministério Público Militar (ANMPM), a Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho (ANPT), a Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) e o Conselho Nacional de Procuradores-Gerais (CNPG). A campanha defende o poder investigatório do MP e é contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 37 de 2011. A proposta acrescenta um parágrafo ao artigo 144 da Constituição Federal e estabelece competência privativa de investigações de infrações penais para as polícias federal e civil. Atualmente, por determinação constitucional, o Ministério Público e outras instituições também exercem, em casos específicos, a atividade de investigação criminal. O Conselho ainda discutiu ações relativas ao grupo de trabalho técnico com o objetivo de aperfeiçoar a PEC 37, harmonizando-se as propostas relativas à investigação criminal no sistema brasileiro. Entre os itens da pauta de discussão do grupo, consta a repartição de competências na investigação criminal entre o MP e as polícias, o regramento do procedimento investigatório na área criminal e cível e o papel do MP frente às polícias. O grupo é formado por quatro representantes do MP, quatro da polícia, um do Senado, dois da Câmara e um do Ministério da Justiça, o Secretário da Reforma do Judiciário, Flávio Caetano.
O Conselho Nacional dos Procuradores-Gerais de Justiça realiza amanhã (04) o evento Atividade Investigatória da Constituinte de 1988. Os Presidentes da ANMPM, Ailton José da Silva, da CONAMP, Norma Angélica e da AMPERJ, Luciano Mattos, estarão presentes.
Membros do Ministério Público Federal, Militar, dos estados e do Distrito Federal e Territórios divulgaram nesta sexta-feira, 24/5, a Carta de Defesa da Sociedade e da Cidadania. O documento é resultado do III Encontro Nacional de Aperfeiçoamento da Atuação do Ministério Público no Controle Externo da Atividade Policial, realizado nos dias 23 e 24 de maio, na sede do Conselho nacional do Ministério Público (CNMP), em Brasília.
Em videochat realizado nesta terça-feira para debater a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 37/ de 2011 que restringe os poderes de investigação do Ministério Público , o deputado Fabio Trad (PMDB-MS) afirmou que o grupo de trabalho (GT) formado para aperfeiçoar a proposta já chegou a um consenso de que o MP deve ter a prerrogativa de investigar em casos específicos.
A Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) e a Associação Nacional dos Magistrados do Trabalho (Anamatra) emitiram nota pública manifestando posição contrárias à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 37/2011, que tem a finalidade de impedir o Ministério Público de exercer qualquer atividade de apuração de infrações penais, atribuindo essa função privativamente às polícias federal e civis dos Estados e do Distrito Federal. A Ajufe ainda encaminhou ao presidente da Câmara dos Deputados, deputado Henrique Alves (PMDB-RN) nota técnica.