A partir do dia 31 de janeiro, seis classes processuais terão tramitação exclusivamente eletrônica no Supremo Tribunal Federal. São elas: Reclamação (Rcl), Proposta de Súmula Vinculante (PSV), Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI), Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC), Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão (ADO) e Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF).
Esse avanço na tramitação eletrônica dos processos na Corte foi uma inovação trazida pela Resolução 417/2009, do STF, publicada no final de outubro. Atualmente, 47 processos estão em curso no Supremo sem nunca ter havido suas versões físicas, com capa e etiqueta. Entre estes, estão 10 Habeas Corpus, 24 Mandados de Injunção, 1 Mandado de Segurança, além dos processos previstos na resolução. Isto porque todas as classes processuais das quais o STF é competente já podem ser peticionadas eletronicamente, mas, por enquanto, não de forma obrigatória, para que haja uma adaptação gradativa. Portanto, o trâmite de Rcl, PSV, ADI, ADC, ADO e ADPF servirá como um laboratório no intuito de que, no futuro, outras classes sejam incluídas oficialmente nessa novidade. Vantagens De acordo com o Supremo Tribunal Federal, os benefícios da migração dos processos físicos para os digitalizados serão muitos, dos quais destacam-se: espaço físico mais limpo pela diminuição de papéis, redução do deslocamento físico dos processos, economia significativa em razão da diminuição dos custos com material (capa, etiqueta, papel, costura) e tempo dos servidores responsáveis pela montagem dos volumes. Além disso, os advogados não terão necessidade de se deslocar até o Tribunal para peticionar e os ministros, de qualquer lugar, poderão consultar os autos do processo e proferir decisões. Tecnologia O sistema já teve a segurança testada e o STF está preparado para a nova demanda. O projeto de tramitação eletrônica dos processos da Corte está em andamento há, aproximadamente, três anos, com início oficial na gestão do ministro Nelson Jobim (2004-2006). Os processos são públicos e podem ser acessados pelo site do Supremo. As informações prestadas pelas partes são realizadas por meio de certificação digital, portanto a veracidade dos dados apresentados continua sendo de responsabilidade de quem as disponibiliza, com sanções previstas em lei. Manuscritos Apesar das transformações terem o objetivo de num futuro próximo todas os processos tramitarem de forma totalmente digital, da petição inicial à decisão, os habeas corpus escritos de próprio punho por presos, por exemplo, serão aceitos pelo Tribunal, que os digitalizará.
Marcelo Ortiz propõe nova instituição para apurar infrações penais contra a ordem política e social. A Câmara analisa a Proposta de Emenda à Constituição 409/09, do deputado Marcelo Ortiz (PV-SP), que cria a Polícia Judiciária Federal como instituição autônoma. Atualmente, segundo a Constituição, a função de polícia judiciária da União é exercida pela Polícia Federal. Com a alteração, a Polícia Federal fica incumbida apenas da repressão de crimes relacionados ao tráfico de drogas, contrabando e descaminho e controle de fronteiras. A nova polícia assume a responsabilidade pela apuração de infrações penais contra a ordem política e social. Ressalvada a competência da União, a polícia judiciária também terá por finalidade investigar infrações penais, exceto as militares. Na opinião de Marcelo Ortiz, a polícia incumbida de investigar fatos ligados ao chefe do Executivo, seus auxiliares e parlamentares deve "ter competência natural de atuar autonomamente em relação a todos os órgãos do Estado".
Associação Mineira do Ministério Público empossa nova diretoria. Rômulo Ferraz fica à frente da entidade até 2012. A Diretoria da Associação Mineira do Ministério Público – AMMP, eleita para o biênio 2010 / 2012, tomou posse no dia 4, em cerimônia realizada em Belo Horizonte / MG. O procurador de Justiça Rômulo de Carvalho Ferraz foi empossado no cargo de presidente da entidade. Ao tomar posse, declarou que uma das principais bandeiras do primeiro ano de sua gestão será cobrar da Procuradoria-Geral de Justiça de Minas Gerais mais promotores para acompanhar o processo eleitoral no estado em 2010. "A estrutura para acompanhar o processo eleitoral no estado ainda é insuficiente. São pouco mais de 300 promotores para cuidar das eleições nos 853 municípios mineiros. Na maioria deles há registro de episódios de abuso de poder político e econômico", disse Rômulo. Além de tentar ampliar a atuação do MP no pleito de 2010, a AMMP deverá atuar junto às demais entidades ligadas ao Direito no Brasil para orientar os eleitores a não votarem em candidatos com antecedentes criminais. Rômulo disse também ser favorável ao movimento da Associação Nacional dos Membros do Ministério Público – CONAMP para permitir que promotores e procuradores se candidatem a cargos nos Legislativos estaduais e federal, além de ocupar cargos executivos. O objetivo da mudança na legislação atual, que proíbe o exercício de atividade político-partidária por membros do MP, é tentar fortalecer a instituição politicamente, para evitar manobras como as tentativas recentes de redução dos poderes de investigação do Ministério Público. "As atribuições da instituição foram duramente conquistadas e são alvo de ataque permanente, principalmente no Parlamento, que tenta extinguir a atuação do MP", explica o presidente da AMMP.
Foram publicadas no Diário Oficial da União, no final de dezembro de 2009 e como também no “site”, leis que introduzem importantes modificações no ordenamento jurídico do País.
A polícia francesa está investigando se um ladrão roubou milhares de euros de passageiros que dormiam durante um voo da Air France entre Tóquio e Paris.